terça-feira, 29 de março de 2011

Encontro Nacional dos Estudantes de Letras

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Interessante! Oralização x Língua de Sinais

  É só clicar no link...

http://www.umtoquedemotivacao.com/comunicacao/oralizacao-x-lingua-de-sinais/

Artigo


                OS OLHOS DA SOCIEDADE SOBRE A EDUCAÇÃO DOS SURDOS

Anne Alves*
Paula Lorraine Alves Borges**
Resumo:

            Esse artigo fala do papel que a literatura exerce na educação, inclusive na do indivíduo surdo e mostra quais os benefícios ela proporciona para sua vida. Faz um levantamento de como isso pode auxiliar na inclusão do surdo nas escolas. Apresenta as diversas mudanças que a educação dos surdos tem sofrido no Brasil com o passar dos anos e os três métodos educacionais: Oralismo, Bilinguismo e Comunicação Total.
            Palavras-chave: literatura, educação, indivíduo surdo, inclusão, oralismo, bilinguismo e comunicação total.

Abstract:

            This article talks about the role that literature plays in education, including the shows of the deaf and what benefits it brings to your life. It discusses how it can assist in inclusion of the deaf schools. Presents the various changes that education of the deaf in Brazil has undergone over the years and the three educational methods: Oral, Total Communication and Bilingualism.
            Keywords: literature, education, deaf, including oral, total communication and bilingual.
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*Graduanda do 2º período de Letras/Libras da Universidade Federal de Goiás
**Graduanda do 2º período de Letras/Libras da Universidade Federal de Goiás

            A literatura é extremamente importante dentro da sociedade, pois com a leitura, obtém-se uma visão de mundo a partir de vários conceitos, realidades, experiências e opiniões. Ao unir essas idéias, o indivíduo começa a ter uma visão crítica e amplia seus conhecimentos, pois a literatura permeia várias culturas e épocas. Além disso, ela emociona, faz viajar no tempo, imaginar lugares e situações, despertando assim, a criatividade.
            A literatura tem a o poder de moldar o indivíduo. Seu maior destaque é na educação, onde se prepara para a vida. Com novas visões e conceitos, ele estará mais bem preparado para as relações sociais. Conforme Antônio Ozaí da Silva e Walter Praxedes:



“A literatura favorece a elucidação sobre os valores e práticas que potencializam e/ou dificultam a emancipação humana. Por outro lado, a análise política das obras literárias permite desvendar tais representações e contribui para uma reflexão crítica sobre estas, a política e a sociedade. Como conhecimento dotado de um potencial de incentivo à reflexão, a obra literária pode formular enunciações que atuam sobre as representações dos sujeitos individuais e coletivos, modificando-as, e, assim, manifestando seu caráter pedagógico.”

            Já que a literatura tem esse poder, ela tem que proporcionar esse conhecimento a todos, sem distinção. E para não excluir integrantes de identidades diferentes, é preciso que a palavra inclusão seja uma constante dentro da sociedade, da escola e da família. A pessoa surda, infelizmente, faz parte de uma das comunidades que tem suas identidades desconhecidas e desvalorizadas. Para transformar essa realidade, o processo de inclusão tem que ser ativo, reconhecido e respeitado por todos.
            Esse papel tão importante da literatura, também tem que atingir os surdos, mas as histórias são escritas no padrão da língua oral, o que dificulta o entendimento pelo surdo, não absorvendo a essência do texto. O que tem que ser feito, é a tradução por  intérpretes, que entra no universo dos sinais para transmitir as abordagens que são feitas pelos textos, levando mais cultura e informação para a vida do surdo. Assim, a escola realiza seu papel como instituição educadora no processo de inclusão.
            Para incluir o aluno surdo na sala de aula, é preciso que haja professores com responsabilidade e consciência da diferença entre surdos e ouvintes. A escola deve estar preparada para recebê-los, não tem somente que aceitar, tem que criar oportunidades e condições para o desenvolvimento desses alunos, contratarem intérpretes, usar materiais que os auxiliem e estejam no seu dia-a-dia. Para esse desenvolvimento, é preciso que pais, alunos e professores estejam em sintonia, conversando sobre as melhores formas para atingir o objetivo, que é levar a educação a todos.
            O surdo possui diferenças, mas nada que o impeça de ter uma vida social. Eles sempre foram descriminados e excluídos. Há um peso muito grande na história da educação e socialização dos surdos, pois a maioria ouvintista sempre impôs seus pensamentos, cultura e costumes, ignorando o fato de que o surdo é um ser humano, com vontades próprias. Mesmo com todas as dificuldades para vencer, o surdo sempre lutou para ter seu lugar na sociedade, seus direitos reconhecidos e suas vontades aceitas.
Isso é um processo longo, que não acontece de uma hora para outra, há muito trabalho a ser feito para se atingir a plenitude. Com luta e persistência, aos poucos, o surdo está conquistando seus objetivos.          
            A história da educação dos surdos sempre esteve em constante mudança. No passado, os deficientes eram descartados, pois não passavam no processo de seleção dentro da sociedade, que visava um corpo perfeito, sem nenhuma deficiência. No período medieval, eles começaram a ser separados em instituições, dando inicio a um processo de reconhecimento da existência de uma deficiência. A partir do século XVI, começaram a surgir estudos sobre a surdez e assim, surgiram também os primeiros educadores com seus métodos educacionais, que visavam o Oralismo ou a Língua de Sinais.
            O método educacional para educar surdos sempre foi muito discutido. O primeiro de todos, foi o Oralismo. Esse método exclui totalmente as Línguas de Sinais, usa o treino repetido para o aluno falar e a leitura labial para ele entender o que a outra pessoa fala. Nesse método, a identidade do sujeito surdo é ignorada, pois ele absorve somente a cultura do ouvinte.
            O Bilinguismo é o saber de duas línguas, no caso do surdo, a Língua de Sinais e a Língua Portuguesa. A partir da LS, o surdo aprende a LP, pois usa sua língua natural para aprender outra. Esse método é muito rico, pois aceita a língua do surdo, e proporciona o aprendizado da língua do país onde ele vive, no caso o Brasil.
            A Comunicação Total utiliza todos os métodos possíveis na educação do surdo. Para isso usa a língua de sinais, língua oral, gestos e tudo o que pode ajudar o surdo na sua formação. Esse é um método democrático, pois aceita tudo que pode ajudar o surdo para ele realmente aprender e ser incluso na sociedade.
            Aqui no Brasil, a Língua de Sinais utilizada pelos surdos é a LIBRAS, que tem sua estrutura própria. Ela é composta por cinco parâmetros: Configuração de Mão, Ponto de Articulação, Movimento, Expressões Facial e Orientação da Palma. Como cada região tem um sotaque oral, uma diferença na pronunciação das palavras, a LIBRAS também tem diferenças de sinais, mas nada que impede a comunicação.
            Toda transformação começa pela educação. Ela é a base da sociedade, sem ela não há desenvolvimento. O surdo, fazendo parte dessa sociedade, tem que ter suas diferenças respeitadas, pois ele contribui para o desenvolvimento dela. Sua cultura, pensamentos e opiniões devem ser considerados e respeitados, pois também contribuem para o enriquecimento da nação.

REFERÊNCIAS:

GOLDEFELD, Márcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. 4 ed. São Paulo: Plexus, 2002.

LIMA, Maxwelia Ferreira.  A visão docente sobre as funções da literatura: um estudo realizado no município de Frecheirinha – CE. Disponível   em http://www.webartigos.com. Acesso: 03/12/2010.

QUADROS, Ronice Muller de (org.). Estudos Surdos I. Petrópolis: Arara Azul, 2006.

SÁ, Nídia Regina Limeira de. A questão da educação de surdos. Disponível em:

SILVA, Antonio Ozaí da; PRAXEDES, Walter. Política, Literatura e Educação. Revista Espaço Acadêmico – Nº 68 – Janeiro/2007 – Mensal – Ano VI. Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/068/68ozai_praxedes.htm. Acesso: 01/12/2010.

ZANARDINI, Jaqueline Konageski. A Importância da Língua Brasileira de Sinais como Fator Mediador na Educação dos Surdos. Disponível em: http://www.pedagogia.com.br/artigos/libras/index.php?pagina=1. Acesso: 01/12/2010.


segunda-feira, 14 de março de 2011

Educação de Surdos


     Este blog foi criado pelos alunos de Letras-Libras da UFG, para tratar de asssuntos referentes à educação de surdos.

Autores: Anne, Paula, Oderlan e Urcélia